sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Pistoleiro Mais Perigoso do Nordeste E Assassinado no Ceara

Um dos criminosos mais perigosos do Nordeste, Idelfonso Maia Cunha, o pistoleiro "Mainha", foi encontrado morto no município de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O corpo foi encontrado na rua Samambaia, no bairro Mororó, atrás da Cadeia Pública da cidade.

Mainha cumpria pena em regime semi-aberto e estaria trabalhando em um sítio. No momento do crime, andava a cavalo, de acordo com informações da Polícia. pelo menos três tiros foram vistos no corpo da vítima: dois na cabeça e um no braço direito. A Polícia Militar recebeu informações de testemunhas que viram um carro preto se aproximar, possivelmente um Peugeot, por volta das 13h30. Quatro homens teriam efetuado 10 tiros.

Apontado como um dos principais pistoleiros do Nordeste, Mainha é acusado de pelo menos 100 homicídios. Idelfonso chegou a confessar o assassinato do ex-prefeito de Pereiro, João Terceiro de Sousa, de Raimunda Nilda, do soldado João Odeon e do motorista Francisco Maurício de Souza. A chacina aconteceu em 1982. Seis anos depois, o suspeito foi preso e confirmou as execuções.

O ilustre “filho da terra”, como muitos se referiam, partiu, mas deixou dezenas de histórias na boca do povo. Histórias, principalmente, de um Mainha tranquilo, paciente e amigo. “Se quebrassem uma garrafa nos pés dele, numa festa, ele não fazia nada”, garantia um senhor. “Era amigo do papai. Não tinha pessoa mais amiga”, recordava-se uma moça. “Papai comprava gado dele. Dizia que era uma boa pessoa. As histórias (de pistolagem) que a gente sabe são só as que contam”, esquivava-se uma senhora. “Dizem que quando tinha amizade com alguém, podia confiar”, lembrava-se outra.

E, assim, o cemitério ganhou ares de praça pública. Crianças corriam, grupos de amigos conversaram, outros aproveitavam para visitar o túmulo de um ente querido... O fuzué fez, inclusive, com que o missionário da palavra, Francisco Ivan Beserra, enviado pela paróquia da cidade para “encomendar o corpo”, tivesse que pedir silêncio algumas vezes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário